O mais comum, chamado situacional, faz com que só consigamos com determinadas carícias (masturbação, por exemplo). Além dele, também tem o primário, caso de quem nunca nem sequer experimentou; o secundário, quando a gente de repente para de ir aos finalmentes; e o total, quando nenhum estímulo é suficiente para fazer a mulher chegar láhhh. A disfunção é mesmo uma das maiores vilãs do êxtase feminino.
A anorgasmia tem várias causas — e nem todas são psicológicas. Por isso, os terapeutas aconselham nunca achar que as dificuldades só existem na sua cabeça nem guardar suas angústias e dúvidas (conte tudo a quem pode ajudar, começando por uma conversa franca com o médico). Elas podem ter sido desencadeadas por cicatrizes ou danos aos nervos provocados por cirurgias ginecológicas. Fora o uso de drogas, álcool ou certos medicamentos, como os que controlam a pressão arterial, os antiestamínicos e os antidepressivos.
Excluída uma causa física, vale checar o fator emocional. São desmancha-prazeres de marca maior a própria ansiedade de ter um orgasmo, a culpa provocada por uma educação sexual rígida, alguma crença religiosa ou cultural que interfere no prazer, além do medo de engravidar ou de pegar uma doença sexualmente transmissível. O tratamento varia, óbvio, dependendo do tipo de anorgasmia. Para quem nunca experimentou essa explosão de sensações (cerca de 5 a 10% das mulheres), os terapeutas tentam ajudá-la a relaxar e se sentir segura, aumentando a sua capacidade de reagir positivamente aos estímulos sexuais.
É o caso da mulher que está ansiosa achando que não vai conseguir ou assustada com a possibilidade de se descontrolar ou ainda fisicamente incomodada sem saber o que esperar. Já as que sofrem da secundária só precisam aprender novos truques para chegar lá — afinal, já conhecem o caminho e sabem que são capazes de trilhá-lo.
No caso da anorgasmia em situações específicas, a mulher precisa de ajuda para identificar as circunstâncias favoráveis e, em seguida, melhorar sua comunicação. Estima-se que 70% das mulheres ficam ou já ficaram a ver navios.
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