Um amigo seu já deve ter dito ao ser rejeitado por uma moça linda gosta de outras moças lindas: “É lésbica porque ainda não me conheceu”. Não resta dúvida de que, se conhecesse seu amigo, a moça reafirmaria sua opção sexual com vigor ainda maior. Se há algo que lésbicas entendem nesta vida é de dar e receber prazer. Para elas, o corpo feminino não é um mistério insondável, mas um território dominado de inúmeras possibilidades de prazer ao alcance das mãos – e dos dedos, línguas, pés, fios de cabelo. A Playboy conversou com sete delas e elaborou o guia lésbico para satisfazer uma mulher, que você lê nas páginas a seguir (isso, claro, se conseguir tirar os olhos das fotos de nossas entrevistadas).
AS PRELIMINARES: O PONTO G FICA NO OUVIDO
Tudo bem que, ao levar aquela gostosa para a cama, tudo o que você mais quer é vê-la de… Você sabe. Mas calma, rapaz. Segundo a estudante Mariana Mito (nome fictício), isso de chegar, beijar e já querer penetrar não está com nada. Provavelmente a moça não ficará suficientemente excitada e a transa não será essas coisas. Siga as dicas:
DEDIQUE-SE para que ela fique com tanto tesão quanto você. Claro, isso demanda mais tempo, mas, quanto mais excitada ela estiver antes mesmo de tirar a roupa, maiores as chances de ela chegar ao clímax durante a transa.
ELOGIE-A: Mas não seja óbvio. A mulher que é muito gata está cansada de ouvir isso”, alerta a atriz Alessandra Camargo (nome fictício), provavelmente num desabafo. Valem frases impublicáveis, se o clima permitir.
ELA TIROU A ROUPA: FAÇA ALGUMAS ESCALAS ANTES DE CHEGAR AO DESTINO
Ao contrário do que sugerem os filmes pornô, a maioria das mulheres não revira os olhos de prazer 12 segundos depois de abrir a porta para o entregador de pizza. “No filme, o cara mal encosta na peituda e ela começa a gritar. Na vida real as mulheres são muito mais complexas e interessantes”, diz Leka Peres, organizadora da festa para meninas Oui Oui. Como não têm falo, lésbicas são mestras em despertar o prazer sem penetração. Às recomendações, pois.
DEITE-A DE COSTAS: Respire fundo. Passe a língua na nuca da moça, desça pelas costas, acaricie-a na região do ânus. “Às vezes isso pode ser mais prazeroso do que a penetração em si”, garante a blogueira Má Palas, colunista do site Parada Lésbica. Olhe para o bumbum da cidadã com a certeza de que você vai chegar lá, mas há tempo para tudo.
DE FRENTE PARA ELA: seja generoso nos beijos, nos olhares e nos toques. “Sexo entre mulheres tem muito esse lance do olhar”, conta Leka. Repare, nestas fotos, como as garotas são afetuosas enquanto se acariciam. Mulheres gostam disso. E vale dizer que, ao posar para este ensaio, as meninas realmente entraram no clima.
DIANTE DOS PEITOS DA GAROTA: não haja como um bebê faminto. “O peito não é só o mamilo. As mulheres podem sentir prazer nele por inteiro”, aponta a modelo Bárbara Petri (nome fictício). Há muito que fazer por ali – e não estamos falando de espanholas, amigo, mas sim de mordidas, lambidas, beijos. Chupar o dedo dela e brincar com a boca em outras regiões do corpo também pode ser uma boa ideia. “Cada mulher tem suas particularidades. Uma tem tesão na nuca, outra gosta de apanhar. Só perguntando para saber”, diz a desi gner Luíza.
DE UMA VEZ POR TODAS, ACREDITE: só homens se preocupam com tamanho de pênis, assim como só as mulheres encanam com celulite e estrias. “Se nós conseguimos dar prazer a uma mulher com o dedo, o tamanho do seu pênis não pode ser uma desculpa para não satisfazê-la”, diz Bárbara (a não ser que seu pênis seja menor do que o dedo de uma moça).
NÃO TENHA PRESSA: Quando transam entre si, mulheres não ficam com essa cobrança louca de que a outra goze logo. Como sabem que o caminho a ser percorrido até o clímax é por vezes longo e tortuoso, elas relaxam, certas de que a outra as entenderá. E o que acontece? Pimba, sem pressão, elas gozam mais gostoso. Portanto, nada de perguntas do tipo “Vai gozar?”. Isso é semelhante ao professor da academia que, ao vê-lo agachado com uma barra de 300 quilos, pergunta: “Está pesado?”. Ou seja, tira toda a concentração.
PARA SE TORNAR UM MESTRE NA ARTE DE DAR PRAZER: às mulheres, é fundamental que você curta fazê-lo. “Nada pior que um homem que tem nojinho de fazer sexo oral, por exemplo”, segundo Alessandra. Hum, falamos em sexo oral? Pois, se há algo que merece um capítulo à parte no que se refere às lésbicas, esse algo se chama sexo oral. Adiante!
TENHA DOMÍNIO DA LÍNGUA: ELAS ENTENDEM DE SEXO ORAL COMO NINGUÉM
Para levar uma mulher aos céus antes da penetração, presenteie-a com sexo oral de qualidade. Isso requer conhecimento e prática. Nossas meninas ensinam o passo a passo.
COMECE DEVAGAR: Dedique um tempo para deixá-la muito excitada antes de ir direto ao ponto. Provoque o corpo dela por inteiro antes de rumar para o sul. “Acho legal fingir que vai, parar, voltar, deixá-la louca”, diz Bárbara.
FAÇA SUSPENSE: Antes de tirar a calcinha dela, beije a área ao redor, que inclui as coxas e a barriga. O segredo é começar tocando e lambendo a região por cima da calcinha e só depois fazer uma aproximação direta ao clitóris.
USE SEUS DEDOS: “Nós usamos as mãos como se fossem nossa parte mais sensível”, diz Alessandra. No sexo oral, dedos e boca podem trabalhar juntos. Suba suas mãos e acaricie seus mamilos, por exemplo, ou introduza um dos dedos na vagina ou no ânus.
SAIBA QUANDO CONTINUAR: “Se você perceber que ela está quase chegando ao orgasmo, faça tudo o que ela quiser que você faça”, diz Joana. Ou seja, não importa se você já está com câimbra no pescoço ou se seu braço está formigando, continue o que você está fazendo até ela chegar ao clímax.
SAIBA QUANDO PARAR: O clitóris pode ficar sensível demais ao toque depois que ela tem um orgasmo, então é melhor pegar mais leve. Talvez ela prefira não ser tocada ali por alguns instantes. Nessa hora, dedique-se a qualquer outro ponto do corpo dela.
O KAMA SUTRA DO SEXO ORAL
“Não existe só um tipo de sexo oral”, diz a psicóloga Joana. “Assim como a penetração, essa parte pode ficar mais interessante quando se alterna a posição.” Ela sugere três variações.
PERNAS AO ALTO: Faça com que ela se deite de costas, com um travesseiro embaixo da lombar, e ponha as pernas dela sobre seus ombros. “Nessa posição, você tem um alcance total da vagina, de baixo até o clitóris.”
DE QUATRO: Com ela apoiada nos cotovelos e nos joelhos, posicione-se em um ângulo um pouco abaixo do corpo dela (ela pode estar na borda da cama e você no chão, por exemplo). Assim, suas mãos ficam livres para acariciar o bumbum e as costas dela.
COM ELA POR CIMA: Deite- se de costas e peça que ela se ajoelhe com uma das pernas de cada lado da sua cabeça. “Assim, ela pode mover o quadril na intensidade que quiser enquanto você acompanha com a língua.”
EU, TU, ELE: NÃO TENHA CIÚME DO VIBRADOR
Não, aquele seu amigo não tem razão – as lésbicas não usam vibrador porque querem, no fundo, um garanhão ali do lado. Para algumas, o apetrecho é totalmente dispensável. No entanto, as que usam o vibrador sabem fazê-lo com sabedoria para, por exemplo, não ter ciúme dele. Acredite, amigo, ao levar um brinquedo movido a pilha para a cama com sua namorada, você não está menosprezando seu próprio pênis. “O vibrador não está na transa para substituir o pênis do cara. É algo para eles brincarem juntos”, diz a estudante Mariana. Uma possibilidade é usar o acessório para estimular o clitóris da garota durante a penetração. E levá-la ao sex shop para vocês escolherem um brinquedo juntos pode ser bastante excitante.
LEIA O CORPO DELA
Afinal, como saber se você está abafando ou se a moça está pensando na cor com que vai pintar as unhas na próxima ida à manicure? Simples: observe-a. “Sinta as dicas que o corpo dela dá”, aconselha a designer Luíza. Ela está mais lubrificada? O bico do seio enrijeceu? A respiração ficou mais forte? Ponto para você. Mas, se sua performance parece não agradar, peça que ela o guie e observe o que a excita. “Transfira um pouco da responsabilidade, deixe-a mostrar o que é bom”, indica Luíza.
Fonte: Playboy